Vocação Monástica

A Vocação Beneditina não é algo que se escolhe como uma carreira, mas sim, um Dom que Deus coloca em nossos corações. Se você se sente chamado à vida consagrada, entre em contato conosco por meio de correspondência, telefone ou preenchendo nosso formulário online.

(Capítulo II da Constituição da Congregação Beneditina Húngara)
CAPITULO II: A Profissão Temporária.
48. O propósito da profissão temporária ou trienal é o de que o candidato, aceitando os conselhos evangélicos, comprometa-se a uma imitação do Cristo mais de perto, para plenificar a Consagração do Batismo; ao mesmo tempo, segundo o princípio da gradatividade durante o tempo concedido, deverá aquele viabilizar uma preparação mais completa, uma deliberação mais madura e uma provação mais prolongada, tanto para ele como para a comunidade.
CAPITULO II: A Profissão Perpétua.
46. Por sua natureza, a profissão é um ato religioso que brota do âmago da personalidade como um incentivo para a graça. Como consequência, seu valor e sua força não se originam basicamente dos efeitos legais vinculados ao ato isolado, mas do constante cumprimento da promessa feita a Deus e da sempre mais perfeita manifestação do amor por Deus.
Esta realização não se tornará perfeita porque suas medidas se conformam à observância de regras externas, mas apenas se conforma à sensibilidade da consciência individual que age como um estimulo à graça. O cumprimento da letra da lei só tem valor se emana da alma. As regras não podem esgotar todos os casos possíveis, nem definir de forma elástica as exigências que se amoldem a cada indivíduo.
Na Igreja de Cristo, a Lei não é um constrangimento rígido, mas um chamado interno ao qual, ciente de sua responsabilidade, a consciência individual responde de maneira pessoal, de acordo com a medida de graça que o monge recebeu.
Contuto, a consciência individual não se pode tornar independente da comunidade, assim como esta também não pode eliminar a responsabilidade individual. A ausência de uma interação bem intencionada leva à alienação.

warning Antes de ingressar no mosteiro, o vocacionado será ajudado no discernimento de sua vocação e a preparar-se para assumir esse estilo de vida.
São dele requeridas algumas condições para a sua entrada no mosteiro:

  • Idade: dos 18 aos 40 anos
  • 2º grau completo

A formação para a vida monástica inclui:

  • Aproximadamente 1 ano de acompanhamento (dependendo de quando ele entra em contato com o Mosteiro)
  • 1 ano de Postulantado (quando o irmão já vive dentro do Mosteiro com a Comunidade)
  • 2 anos de Noviciado (onde se faz a cerimônia de vestição; o irmão recebe o hábito de monge e passa a fazer parte da comunidade)
  • 3 anos de Profissão Temporária (Por três anos o irmão promete estabilidade na comunidade, conversão de seus costumes e obediência), o monge emite seus Votos Solenes à Profissão Perpétua e cumpre o que a regra delibera quando diz: "E se, tendo deliberado consigo mesmo, prometer guardar todas as coisas e observar tudo quanto lhe for ordenado, seja então recebido na comunidade, [15] sabendo estar estabelecido, pela lei da Regra, que a partir daquele dia não lhe é mais lícito sair do mosteiro, [16] nem retirar o pescoço ao jugo da Regra, a qual lhe foi permitido recusar ou aceitar por tão demorada deliberação."

(Da Regra de Nosso Pai São Bento, CAPÍTULO 58 vs 14-16- Da maneira de proceder à recepção dos irmãos).

CAPÍTULO 58 - Da maneira de proceder à recepção dos irmãos.

"Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me."
Mateus 16:24

[1] Apresentando-se alguém para a vida monástica, não se lhe conceda fácil ingresso, [2] mas, como diz o Apóstolo: "Provai os espíritos, se são de Deus". [3] Portanto, se aquele que vem, perseverar batendo à porta e se depois de quatro ou cinco dias, sendo-lhe feitas injúrias e dificuldade para entrar, parece suportar pacientemente e persistir no seu pedido [4] conceda-se-lhe o ingresso, e permaneça alguns dias na cela dos hóspedes. [5] Fique, depois, na cela dos noviços, onde esses se exercitam, comem e dormem. [6] Seja designado para eles um dos mais velhos, que seja apto a obter o progresso das almas e que se dedique a eles com todo o interesse. [7] Que haja solicitude em ver se procura verdadeiramente a Deus, se é solícito para com o Ofício Divino, a obediência e os opróbrios. [8] Sejam-lhe dadas a conhecer, previamente, todas as coisas duras e ásperas pelas quais se vai a Deus. [9] Se prometer a perseverança na sua estabilidade, depois de decorridos dois meses, leia-se-lhe por inteiro esta Regra, [10] e diga-se-lhe: Eis a lei sob a qual queres militar: se podes observála entra; mas se não podes, sai livremente. [11] Se ainda ficar, seja então conduzido à referida cela dos noviços e seja de novo provado, em toda paciência. [12] Passados seis meses, leia-se-lhe a Regra, a fim que saiba para o que ingressa. [13] Se ainda permanece, depois de quatro meses, releia-se-lhe novamente a mesma Regra. [14] E se, tendo deliberado consigo mesmo, prometer guardar todas as coisas e observar tudo quanto lhe for ordenado, seja então recebido na comunidade, [15] sabendo estar estabelecido, pela lei da Regra, que a partir daquele dia não lhe é mais lícito sair do mosteiro, [16] nem retirar o pescoço ao jugo da Regra, a qual lhe foi permitido recusar ou aceitar por tão demorada deliberação. [17] No oratório, diante de todos, prometa o que vai ser recebido a sua estabilidade e conversação de seus costumes, e a obediência, [18] diante de Deus e de seus Santos, a fim de que, se alguma vez proceder de outro modo, saiba que será condenado por aquele de quem zomba. [19] Desta sua promessa faça uma petição no nome dos Santos cujas relíquias aí estão e do Abade presente. [20] Escreva tal petição com sua própria mão; ou então, se não souber escrever, escreva outro rogado por ele, e que o noviço faça um sinal e a coloque com sua própria mão sobre o altar. [21] Quando a tiver colocado, comece logo o seguinte versículo: "Suscipe me, Domine, secundum eloquium tuum et vivam, et non confundas me ab expectatione mea". [22] Responda toda a comunidade este versículo, por três vezes, acrescentando: "Gloria Patri". [23] Prosterna-se, então, o irmão noviço aos pés de cada um para que orem por ele; e já daquele dia em diante seja considerado na comunidade. [24] Se possui quaisquer bens, ou os distribua antes aos pobres, ou, por solene doação, os confira ao mosteiro, nada reservando para si de todas essas coisas: [25] pois sabe que, deste dia em diante, nem sobre o próprio corpo terá poder. [26] Portanto, seja logo no oratório despojado das roupas seculares com que está vestido, e seja vestido com as roupas do mosteiro. [27] As vestes que despiu sejam colocadas na rouparia, onde devem ser conservadas, [28] para que, se algum dia, por persuasão do demônio, consentir em sair do mosteiro - que isso não aconteça! - seja expulso, despido das roupas do mosteiro. [29] Não lhe seja entregue, porém, aquela sua petição que o Abade tirou de cima do altar, mas fique guardada no mosteiro.

“Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei”
(Prólogo da Regra de São Bento).

Os que se sentem chamados ao nosso modo de vida podem escrever para:

Mestre de Noviços - Dom Plácido Fernando Farkas Guarnieri, OSB.
Abadia São Geraldo - Cela São José
Caixa Postal 113
06850-970 - Itapecerica da Serra – SP
drafts noviciado@csasp.g12.br ou (11) 4667-1723 / (11) 4084 1999